quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Algumas camisinhas com estória pra contar

Comprei minha primeira camisinha com 14 anos. Na verdade foram minhas primeiras, afinal, já naquela época as camisinhas vinham em pacotinhos de 3 unidades. Tudo bem que o significado da palavra transar não estava exatamente claro em minha mente, mas o primeiro passo fazia-se necessário e lá fui eu estrada a fora com o bendito pacotinho dentro da mochila. Eu tinha uma amiga famosa por sair com todo mundo e um plano perfeito; levaria a menina para a casa de um amigo e lá tudo seria muito simples e fácil, afinal a garota já tinha muita experiência, ou ao menos era o que se dizia na vizinhança. Acontece que a mocinha liberal calhou de ser liberal com todo mundo, menos comigo. Não bastasse essa frustração, as camisinhas acabaram sendo encontradas pela irmã mais velha do meu amigo e nós dois ainda tivemos que responder a um verdadeiro inquérito sobre nossas opções sexuais.
Na faculdade, já dotado de conhecimento suficiente para reconhecer a marca de uma camisinha pelo tato, fui testemunha do fato mais espantoso envolvendo camisinhas em minha vida. Havia chegado da aula e um amigo que dividia apartamento comigo perguntou se eu não tinha algumas camisinhas para lhe emprestar. Emprestei-lhe um pacotinho com a felicidade que os homens têm ao fazer esse ato grandioso de generosidade. Não fiz muitas perguntas, apenas um tapinha no ombro, um “Boa festa” e fui cuidar da vida. No café da manhã os outros dois amigos que dividiam a moradia conosco comentavam sobre também terem emprestado camisinhas a ele. Fizemos as contas e nosso Don Juan estava de posse de nove preservativos. Corremos até seu quarto, escutamos seu ronco, e batemos. Ele estava sozinho e pela primeira vez abriu a porta com um olhar de tranqüilidade. Espantados, nos demos conta de que ele USOU nove camisinhas em uma noite...
O cão é realmente o melhor amigo do homem, exceto é claro se ele for o cachorro da mulher com quem você estiver passando a noite. Bom, depois de muito latir para mim, o bichinho se acalmou, mas não desgrudava do meu pé. Era eu beijar a moça e lá vinha o totó pra cima da gente querendo brincar. No começo é até divertido, você faz uns carinhos nele e tal, mas uma hora depois você está olhando pela janela de um apartamento no 10° andar para verificar se a altura é suficiente para matá-lo. Não pensem que eu faria isso de qualquer maneira. Esperaria a moça ir ao banheiro e pronto, lá iria o cãozinho brincar de super cão. Calma, foi apenas um desejo, e mesmo que quisesse realizá-lo a moça não parecia muito interessada em ir ao banheiro. Levantamos da sala e fomos para o quarto. Pronto, agora estou livre, pensei. fechei a porta e em seguida escutamos crash, crash, crash seguido de latidos esganiçados. Ela me explicou que o bichinho não ficaria quieto sabendo que estamos do lado de dentro. Abri a porta e olhei pro cão pulando de felicidade, sim, a essa altura ele já me considerava seu melhor amigo, e olhei de volta para dona. Devo ter feito esse movimento umas quinze vezes enquanto pensava se deveria ir embora ou aceitar um cão como voyeur. Ele incrivelmente se comportou muito bem e encostou-se num canto do quarto enquanto eu e sua dona fazíamos coisas que ele provavelmente não estava familiarizado. (pobres poodles de apartamento). Confesso que durante o ato, eu dava umas olhadas pra ver se o bichinho não estava me encarando, pra minha felicidade em todas as vezes ele dormia. Ficou tudo tão calmo que nos esquecemos do cãozinho. Bom, mas essa é uma história sobre camisinhas ou uma novela canina? Você deve estar se perguntando. Então, pulemos a parte das horas de sexo selvagem e vamos direto ao ponto em que exausto, eu retiro a camisinha, dou aquele famoso nozinho e coloco no chão ao lado da cama. Estamos abraçados, curtindo a tranqüilidade dos bons amantes quando escutamos um ruído estranho, um barulhinho de plástico.- O que seria isso? Perguntei.- Deve ser o totó roendo alguma coisa. Respondeu ela– A CAMISINHA. Gritamos juntos. Levantei em um pulo, mas era tarde de mais. Totó havia engolido milhares e milhares de meus descendentes. A dona do bichinho passou a semana inteira de olho no cocô do totó, afinal seria difícil de convencer seus pais de que totó, de um dia para o outro tinha desenvolvido um sistema de cagar direto no saquinho plástico.

3 comentários:

  1. ahhaha Amoo esse texto!

    Mas só me diz... o titulo é assim mesmo? (estória?) eheh Se te conheço bem, é proposital né! eheh

    Sentindo tua falta aqui... aff (sentimental eu)

    To precisando de inspiração....rsrsrs

    Bejossss

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. naum sei pq mas estas histórias me parecem familiares... rs.
    - a primeira um "amigo meu" confirma o fato e a segunda também escutei deste mesmo amigo, com uma variação: a dúvida se o totó comeu os descendentes de fato ou se foi até a sala apresenta-los a toda familia, hehehehe


    abs,

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